segunda-feira, 16 de março de 2009

Bobagens e mais Bobagens



Foto: Guto Muniz


Outro dia vi na TV uma cena de uma peça de teatro com uma atriz que não sei quem é e com aquele moço do Galpão, eu não me lembro o nome. (Se fosse Toni Ramos eu ia lembrar né?)

Mas... fazer o que? Pois é, aquele ator que até eu gosto muito pelo papel de Jesus que ele fez na “Rua da Amargura”. Quem é do meio deve saber de quem estou falando. Então, ele e a tal atriz desconhecida para mim, falaram de um espetáculo que está rolando lá no Galpão Cine Horto.

Mostraram uma cena. Uma bobagem. Olhe gente aquilo não se mostra em TV. Era uma sujeira, as paredes do tal lugar imundas, cheias de buracos, uma cama branca descascada. Feio demais. Porque não mostraram o que o povo gosta de ver, ou seja, um lugar limpo, ainda que pobre, mas com um mínimo de bom gosto!?

Gente este povo de teatro não tem noção das coisas não. Eles querem é falar o texto deles com a maior perfeição possível (às vezes nem alcançam este objetivo) e nem olham para os lados. Eles querem é aparecer e depois receber elogios e palmas, muitas palmas e... de pé. Se não for de pé não vale. Agora me digam: quem não vai elogiar? Uai, fica feio, o cara vai ficar triste, as pessoas que estão por perto precisam ouvir que o cara é bom (mesmo não sendo lá no fundo, no pensamento). Então o povo elogia e diz: puxa você arrasou, você é bom demais cara! Mentira pura, saem dali dizendo aquilo que gostariam ter dito mas não tiveram coragem. E aí sim, com os amigos, os namorados, ou quem for da roda deles metem o pau no pobre ator que ainda está lá recebendo os cumprimentos e feliz da vida porque todo mundo tá encantado com ele. Encantado é ele coitado! Para os artistas tudo é maravilhoso. É a mesma coisa quando você vai comprar um vestido. Vocês já ouviram algum vendedor (a) dizer que o vestido não ficou bonito em você? Duvido! O papel dele ou dela é vender então mesmo que eles achem horrível não vão dizer senão não vendem. É claro né?

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