segunda-feira, 16 de março de 2009

Congresso Internacional do Medo

Foto: Guto Muniz


Ontem fui ver a peça “Congresso internacional do medo”. A diretora e criadora é Grace Passô. Passou no teste. Mas ela continua com a mania de mostrar alguma coisa caindo ou derramando no palco. Desta vez não foi abacate caindo, nem aquela lama horrorosa do outro espetáculo. Desta vez foi sangue mesmo (de mentirinha, claro). E o sangue saía de um grande filtro de barro. Uma bobagem, minha filha.


O teatro estava lotado. A peça é muito boa. Um tanto monótona no início. Custou a pegar movimento, ritmo mesmo. O público em silêncio. Aquela expectativa né? Acho que a maioria do povo lá na platéia era do ramo teatral. A gente sabe. Pelo menos 90% era. Aliás, eu gosto muito de escutar, sem ninguém saber, claro, o que o pessoal fala quando termina o espetáculo. Gente, cada coisa! Mas os do ramo acham tudo, mas tudo mesmo, LINDO! Mas a gente entende né? São artistas e vivem naquilo lá, deslumbrados!


Voltando ao congresso do medo. Cada ator falava uma língua diferente. Havia uma mulher numa cadeira de rodas que traduzia tudo. No início é interessante, mas depois cansa aquela falação dela. Os atores ótimos, o melhor era um que falava uma língua que misturava o castelhano com o catalão. Muito interessante, além disso, o ator tinha um excelente timbre de voz. O assunto dele no congresso era sobre peixes.


Tinha uma mulher lá com a cabeça e rosto cobertos que falava uma língua que deve ser do Bin Laden. Só mais no final é que fui saber por que a encapuzada estava lá. Para ter um filho em cima da mesa de reunião dos congressistas. Foi hilário! Ela não teve medo nenhum de ter o filho de pano lá porque o catalão, especialista em peixes, tentou, tentou, tentou e conseguiu tirar a “menina”, ou seja, um pano prateado lá das intimidades dela. Até que a cena foi muito interessante! Por mais que sugeriria, ao invés da bobagem daquele pano, usar um bebezinho mesmo, daqueles que vendem nas lojas e que se parecem mais com bebês. É só uma sugestão. Já quase no final da trama, na mesma mesa, a tradutora morreu. Achei interessante a relação vida e morte. Acho que era isso que eles queriam passar mesmo.
Tinha um outro lá, um negro, que falava português mesmo. Era bom, era. Mas não sei direito porque estava lá. Juro!


Tinha um índio. Ah não gostei do jeito do silvícola não. Falou pouco, contou algumas poucas coisas da aldeia dele, mas ... sei lá. Ele fez questão da presença de uma índia, irmã dele lá na reunião. Pra que aquela menina lá gente? Achei uma bobagem. Ela ficava mexendo lá no chão. Disseram que estava fazendo um ritual para enterrar uma formiga que um dos congressistas matou na mesa. Uma bobagem, né? Os personagens ficavam no início matando supostas moscas. E a índia só enterrou a formiga. Os outros bichinhos não tiveram nenhum ritual. Também a gente não viu nenhum. Foi o irmão dela que contou isto. E a indiazinha lá. Sentada ou dando uma volta na mesa. Mas, gostei muito deste congresso. Achei a melhor que eles já fizeram, porque mesmo tendo feito muito sucesso nunca fui lá muito fã das outras duas peças do grupo, que vi várias vezes. Mas, o pessoal adora. Pessoal de teatro acha tudo LINDO mesmo

Um comentário:

  1. Que bobagem....isquici di vê essa peça
    minina boba!!!!!!!!!!
    bj day
    souumhomemdepaixoes.zip.net

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