terça-feira, 31 de março de 2009

Olá, Pessoa!

Foto: Guto Muniz

Domingo passado fui ver lá na Odeon Cia Teatral o monólogo Olá Pessoa! com o excelente ator Alexandre Cioletti, que conta a venturas e desventuras de um homossexual. A direção é de Carlos Gradim.

 Olhe, eu gostei, mesmo porque o tema é polêmico e deve ser amplamente divulgado. Afinal ninguém tem nada com isto mesmo, não é? Cada um é cada um e temos que ter muito respeito pelas escolhas das pessoas. Eu tenho e admiro-os muito. Bobagem é ter preconceito. Recebi aquela carta daquele jovem homossexual que foi espancado lá na moradia da UFMG e até mandei um e-mail para o MGTV, dando uma sugestão de matéria. A jornalista me retornou, por telefone, o que foi muito educado.

 

Agora, voltando à peça, quando entrei eu esperava ver mais, confesso. A minha sensação foi de assistir e participar (havia esta possibilidade) de uma palestra de um cara gay, que contou sua história, mostrou alguns poucos detalhes - a meia colorida, por exemplo – e, de teatro mesmo, foi pouco. Ele mostrou uns azulejos quando falou das experiências dele em banheiros masculinos.

Depois, abre outra “porta” e acontece uma espécie de show onde ele disse que tivera a experiência de cantar como o Ney Matogrosso. Uma bobagem, porque eu acho que é mentira mesmo.

Mas não deixou de ser uma palestra como tantas outras, só que o local era um teatro. Poderia ser um salão de uma Faculdade ou de uma entidade qualquer, poderia ser também uma palestra de algum congresso.

Achei que o Pessoa se vestia com muita sobriedade. Pra que terno? Eu preferiria que fosse mais informal e até que tivesse algumas cenas pelo menos um pouco picantes para mostrar o seu personagem gay assumido. É isto gente.

Não tinha nenhuma bobagem lá não. Olá Pessoa é coisa muito séria. 

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