segunda-feira, 16 de março de 2009

Fala Comigo Como a Chuva

arquivo grupo


Fala comigo como a chuva.

Vi esta peça várias vezes. Dois atores, um casal, dirigidos por Cynthia Paulino. A história é muito boa. Um casal em crise existencial. Muito sofrimento naquela relação, coitados. A mulher sofria mais que o homem. Ele dorme, acorda, conta a história da banheira de gelo na qual o jogaram. Claro que foi por causa da bebedeira. Ele tinha cara de bebúm mesmo. Eles dormem em camas separadas, uma bobagem. Mas existia muita ternura naquela relação. Eles eram gente boa sabe? Ali encaixaria direitinho um bom psicoterapeuta, um psicólogo ou psiquiatra para ajudá-los naquele casamento sofrido, tão sofrido que a platéia sofria junto com eles. Tadinhos, dava dó. Uma angústia tão grande naqueles dois!

Ela ficava numa andação pelo palco, devorando os livros e revistas espalhados sobre a cama (uma bobagem) e ficava só tomando água, sem parar. Não gostei dos modelos daquele tanto de garrafa de água que mais pareciam garrafas de pinga ou de licor. Uma bobagem, minha filha. Quando ela pega a primeira garrafa a gente pensa que é pinga mesmo. Depois ela explica. Ah vai ver que ela aproveitou os vasilhames de vinho, pinga, licor né? Eu acho que seria melhor mesmo uns jarros de água ou garrafas próprias para água. Agora, falando em água, tem uma hora lá que a água começa a jorrar pela parede do suposto quarto onde toda a trama acontece. O chão fica totalmente alagado. Este povo de teatro gosta de derramar coisas no chão né? Uma bobagem, mas eles acham LINDO.

Achei uma bobagem aquela mulher usar tanta camisola, tanto robe, causando aquela dificuldade para tirar, vestir de novo tudo molhado, tirar de novo. Ah não. Fazia parte da trama, mas será que não bastava aquela camisolinha até bem bonitinha e um robezinho simples?
No mais eles caiam naquele aguaceiro, simulavam cenas de amor lá na água e tudo. E os movimentos de luta? Quantos tapas! Será que queriam sugerir agressão? Será? Sei não! O cara não parecia ser violento não. Ele deixava transparecer uma pessoa bem calma até. As falas eram ótimas! A gente sai de lá pensando nos dois. Será que eles tentaram a relação de novo? Ela dizia que ia envelhecer num hotelzinho desconhecido. E ele? Até agora não sei por onde anda aquele gato não. Vai ver que já foi fisgado pela mulher dele né? Mas na última cena, ele a chama para a cama. Será que ela foi? Depois do banho magnífico de chuva que ela leva pode ser que ela foi se esquentar debaixo do cobertor com ele né não? É... pensando bem, aquela chuva espetacular deve ter lavado a alma daquela pobre mulher, calejada de tanto sofrer por amor. A gente sai de lá sem saber direito o que aconteceu, mas a mensagem sim a gente entendeu de verdade: crise de relacionamento das braba!!! Ela queria discutir a relação.... estas coisas.....Ele... queria dormir.....

3 comentários:

  1. Gente,
    e aquela bobagem de ficar batendo a mão no peito aludindo ao batimento do coração?
    Não é teatro físico, é bobagem.

    ResponderExcluir
  2. Se vcs axam o teatro e arte em geral uma BOBAGEM não deviam gastar o tempo e o dinheiro de vcs indo a um teatro... mesmo pq os atores loucos como vcs dizem não devem dar a minima pra suas presenças... Arte não é só esse mundinho não minha gente... é técnica tb... axo q pra julgar precisa entender pelo menos um pouco disso antes de sair por aí falando BOBAGEM!

    ResponderExcluir